Quadril infantil
Entenda sobre o
Quadril infantil

O cuidado com o quadril infantil é essencial para garantir o desenvolvimento saudável das crianças e prevenir complicações que podem impactar a qualidade de vida na fase adulta. Com formação especializada em Ortopedia Pediátrica pela AACD e aprofundamento em cirurgia do quadril infantil no Boston Children’s Hospital, dedico minha prática ao diagnóstico e tratamento das diversas condições que afetam essa articulação tão importante.
Com foco em uma abordagem humanizada e técnica, utilizo métodos modernos e personalizados para atender às necessidades de cada criança, priorizando o diagnóstico precoce e intervenções eficazes. Cada caso é tratado com atenção especial, desde condições congênitas, como a Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ), até doenças adquiridas, garantindo não apenas a correção das patologias, mas também um futuro com maior mobilidade e bem-estar.
As patologias que afetam o quadril infantil variam desde condições congênitas a problemas adquiridos ao longo do crescimento. Estas condições, se não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem levar a complicações graves na vida adulta, incluindo dor crônica, deformidades e artrose precoce.
Principais doenças e suas abordagens
A displasia é uma das condições mais frequentes, caracterizada pela incongruência entre a cabeça do fêmur e o acetábulo. Geralmente diagnosticada logo após o nascimento por meio de manobras clínicas e ultrassonografia, a DDQ pode ser tratada com suspensórios de Pavlik, gessos ou, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas. A detecção precoce aumenta significativamente as chances de sucesso.
Comumente vista em meninos de 4 a 8 anos, esta condição ocorre devido à interrupção do suprimento sanguíneo à cabeça do fêmur, levando à osteonecrose. O diagnóstico é feito por radiografias e ressonância magnética. O tratamento pode incluir restrição de atividades, fisioterapia e, em casos severos, cirurgias como osteotomias para preservar a função articular.
Caracterizada pelo deslizamento da epífise femoral proximal, a epifisiólise é mais comum em adolescentes, especialmente em indivíduos obesos ou com predisposição genética. Os sintomas incluem dor no quadril ou joelho e limitação da rotação interna. Radiografias ajudam no diagnóstico, e o tratamento é geralmente cirúrgico para estabilizar a articulação.
Uma emergência médica que, se não tratada rapidamente, pode levar à destruição articular permanente. Afeta crianças pequenas, frequentemente menores de 4 anos, e se manifesta com febre alta, dor intensa e dificuldade de movimentar o quadril. O diagnóstico exige exames laboratoriais e de imagem, e o tratamento consiste em drenagem cirúrgica e antibioticoterapia.
Embora se assemelhe à artrite séptica, a sinovite transitória é uma condição benigna e autolimitada, geralmente associada a infecções virais. O manejo inclui repouso, analgésicos e acompanhamento clínico, com resolução completa na maioria dos casos.
Crianças com paralisia cerebral frequentemente apresentam alterações no quadril devido à espasticidade muscular. Isso pode levar à subluxação ou luxação do quadril, exigindo acompanhamento ortopédico regular. Fisioterapia, órteses e, em casos graves, cirurgias de realinhamento articular ou osteotomias são fundamentais para preservar a mobilidade e aliviar a dor.
Embora menos comuns, fraturas-avulsões e outras lesões traumáticas podem ocorrer em crianças ativas. Diagnósticos são realizados por radiografia, e o manejo pode incluir imobilização ou intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade.
O diagnóstico precoce é essencial para prevenir complicações. Exames clínicos detalhados, radiografias, ultrassonografias e ressonância magnética são ferramentas indispensáveis. O acompanhamento regular por um ortopedista pediátrico permite monitorar o desenvolvimento articular e identificar quaisquer alterações em estágios iniciais.
A detecção e intervenção precoces em condições como a DDQ, Doença de Perthes e Epifisiólise podem prevenir deformidades permanentes, dor crônica e artrose na vida adulta. O tratamento varia de métodos conservadores, como fisioterapia e imobilizações, a procedimentos cirúrgicos avançados, dependendo da gravidade e da idade do paciente.