A osteotomia do quadril é uma cirurgia destinada a corrigir deformidades ou desalinhamentos dessa articulação, com o objetivo de melhorar a função, aliviar dores e prevenir complicações futuras. Essa intervenção é indicada principalmente em casos de displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ), doença de Legg-Calvé-Perthes, subluxações associadas a paralisia cerebral, fraturas complexas ou condições degenerativas que comprometem a mobilidade e o bem-estar do paciente.

Durante o procedimento, o cirurgião realiza cortes precisos nos ossos do quadril ou fêmur para reposicioná-los adequadamente. Dependendo da necessidade, dispositivos como parafusos ou placas são utilizados para estabilizar a articulação. As técnicas cirúrgicas variam, podendo incluir osteotomias específicas, como as de Salter ou Pemberton, que remodelam a estrutura do quadril para oferecer maior estabilidade e funcionalidade. Em casos envolvendo a doença de Legg-Calvé-Perthes, o procedimento pode incluir variações para conter o quadril e prevenir encurtamentos, ajustando as necessidades específicas de cada faixa etária.

A recuperação exige repouso, fisioterapia e o uso de dispositivos de apoio, como muletas, durante as primeiras semanas. A reabilitação é crucial para restaurar a força muscular e a mobilidade, e o acompanhamento médico garante que a cicatrização óssea ocorra como planejado. O sucesso da osteotomia depende de uma abordagem personalizada, alinhada às necessidades do paciente e às características da deformidade. Quando bem indicada, essa cirurgia promove alívio duradouro dos sintomas e melhora significativa na qualidade de vida.