Tratamentos

Patologias dos pés infantis

Os problemas nos pés infantis são uma preocupação comum, especialmente porque muitas condições podem afetar o desenvolvimento normal da marcha e a saúde geral do aparelho locomotor. Vamos falar um pouco sobre algumas dessas patologias e as opções de tratamento que utilizamos para cuidar dos pequenos, garantindo que eles cresçam com saúde e sem limitações funcionais.

Uma das condições mais comuns que atendemos é o pé plano, popularmente conhecido como pé chato. Essa é uma situação em que o arco plantar não se forma como esperado, deixando o pé mais “reto” e completamente em contato com o solo. É importante destacar que, em crianças menores de dois anos, isso é totalmente normal, já que o arco plantar ainda está em desenvolvimento. Conforme a criança cresce, especialmente até os 10 anos de idade, o arco tende a se formar naturalmente. No entanto, em alguns casos, o pé plano persiste e pode causar dor, rigidez ou dificuldades funcionais, como dificuldade para correr ou brincar.

O tratamento para o pé plano depende de cada caso. Se a criança não apresenta dor ou limitações funcionais, geralmente acompanhamos o desenvolvimento sem intervenções. Porém, se houver dor ou incapacidade funcional, podemos recomendar fisioterapia, palmilhas e até mesmo cirurgias. É fundamental lembrar que palmilhas não criam o arco do pé, mas podem ajudar a aliviar dores e melhorar a sustentação.

Já o pé cavo, o oposto do pé plano, é caracterizado por um arco plantar muito elevado. Essa condição pode sobrecarregar algumas áreas do pé, causando dor, calosidades ou até mesmo problemas nos tornozelos e joelhos. O tratamento também varia, podendo incluir fisioterapia para fortalecer a musculatura dos pés e tornozelos, alongamentos para aliviar a tensão nas estruturas do pé, e, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas para corrigir deformidades estruturais.

Outras condições, como o pé valgo (calcâneo projetado para fora) e o pé varo (calcâneo projetado para dentro), podem estar associadas a problemas de marcha ou alterações no alinhamento dos membros inferiores. Para essas situações, utilizamos uma abordagem personalizada, que pode envolver desde exercícios terapêuticos até a prescrição de órteses para melhorar o alinhamento e prevenir sobrecargas nas articulações.

Por fim, é essencial que os pais fiquem atentos a sinais como dor persistente nos pés, alterações na marcha ou dificuldade para realizar atividades comuns para a idade da criança. Quanto mais cedo identificarmos e tratarmos essas condições, melhores serão os resultados, evitando complicações futuras. Se houver necessidade de intervenção cirúrgica, como no caso de deformidades rígidas ou dores que não respondem a tratamentos conservadores, garantimos que o planejamento seja feito de forma cuidadosa, com foco no bem-estar e na recuperação plena da criança.

Cuidar dos pés dos pequenos é fundamental para garantir que eles tenham uma infância ativa e saudável. Cada caso é único, e o acompanhamento por um ortopedista pediátrico experiente faz toda a diferença no tratamento e na prevenção de complicações.

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